Impactos climáticos

Uma onda de calor é definida como um período de temperaturas excepcionalmente altas. A Organização Mundial da Saúde a descreve como: “um período marcado por clima excepcionalmente quente (máximas, mínimas e média diária) em uma região, durante pelo menos dois dias consecutivos”. Para ser considerada uma onda de calor, as temperaturas devem estar fora das médias históricas daquela zona.

O efeito mais evidente e direto das mudanças climáticas provocadas pelo ser humano é o aumento das temperaturas globais: já observamos um aumento de 1 °C na temperatura média do planeta. As ondas de calor sempre existiram, mesmo antes do aquecimento global. No entanto, quando ocorrem em um mundo já mais quente em 1 grau, elas têm mais chances de se tornarem ondas intensas. Consequentemente, as mudanças climáticas aumentaram a frequência e a severidade das ondas de calor e dos recordes de temperatura.

A seca é uma anomalia climática transitória em que a disponibilidade de água fica abaixo do normal em uma área geográfica. A água não é suficiente para suprir as necessidades das plantas, dos animais e dos seres humanos que vivem nesse local.

Existem vários tipos de seca:

• Agricultura: falta de água ou umidade no solo para satisfazer as demandas agrícolas.
• Hidrológica: escassez em fontes de água, como rios e aquíferos.
• Secas repentinas: secas que ocorrem de forma súbita e se agravam rapidamente.
• Megassecas: períodos prolongados de seca que podem durar décadas ou mais.
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Em geral, uma seca é preocupante quando não há água suficiente para cobrir as necessidades básicas.

As mudanças climáticas estão tornando as secas mais prováveis e mais severas. Embora não seja incomum que ocorra uma seca, as mudanças climáticas agravaram essas condições para que, quando elas ocorrem, aconteçam em um clima mais quente e, em alguns casos, com menos precipitação. Isso tem consequências graves na qualidade e quantidade da água disponível para as pessoas e os ecossistemas. O calor provoca menor acúmulo de neve, derretimento mais rápido, maior evaporação de lagos e rios e maior evapotranspiração do solo e das plantas. Em certos casos, também há evidências de que as mudanças climáticas alteram os padrões de chuva, impedindo que a água chegue às áreas necessitadas. Esses efeitos combinados transformaram secas moderadas em situações graves ou extremas.

Um incêndio florestal é um incêndio descontrolado em áreas silvestres. Pode ocorrer em florestas, pastagens ou outros ecossistemas. Os incêndios podem ter origem em causas naturais (raios) ou em ação humana (negligência).

As mudanças climáticas estão aumentando o tamanho, a frequência e a intensidade dos incêndios florestais, bem como a duração da temporada de incêndios. Qualquer incêndio precisa de uma fonte de ignição e combustível abundante. As mudanças climáticas podem não iniciar as chamas, mas criam as condições para que se transformem em incêndios catastróficos: temperaturas mais altas, vegetação seca e menor disponibilidade de água devido ao derretimento antecipado da neve e maior evaporação. Os cientistas já identificaram a pegada das mudanças climáticas na atividade dos incêndios florestais durante a última década.